Santo Aníbal Maria di Francia
1851-1927
Fundou duas Congregações religiosas:
Filhas do Divino Zelo
e os Rogacionistas do Coração de Jesus
Filho de nobres da
aristocracia siciliana, Aníbal Maria di Francia nasceu na cidade italiana de
Messina no dia 5 de julho de 1851.
Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna desenvolveu-lhe um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda a sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem.
Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e ordenou-se sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres deu-se poucos meses antes de sua consagração, quando conheceu a Casa de Avignon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério.
Nele realizou o que definiu como o "espírito da dupla caridade: evangelização e socorro aos pobres", iniciando a criação dos Orfanatos Antonianos, masculinos e femininos, colocados sob a guarda de santo Antônio de Pádua. Para mantê-los, não teve dúvidas, tornou-se mendicante, indo de porta em porta pedir subsídios. Depois desenvolveu a devoção do "pão de santo Antônio", responsável, por muito tempo, pela sustentação de suas obras.
Os milhões e milhões de pessoas ainda não-evangelizadas eram um pensamento constante que o consumia. Pregando ao Espírito Santo, encontrou a luz para essa inquietação no próprio Senhor Jesus, que disse: "Rogai ao Senhor da messe, para que envie trabalhadores para sua messe". Assim inspirado, fundou duas congregações religiosas: as Filhas do Divino Zelo, em 1887, e, dez anos depois, os Rogacionistas do Coração de Jesus.
Dizia freqüentemente que a Igreja, para realizar a sua missão, tem necessidade de sacerdotes, numerosos e santos, segundo o Coração de Jesus. Padre Aníbal viveu por esta grande causa, com fama de santidade, em meio aos mais necessitados e abandonados. Além disso, deu uma atenção concreta às necessidades espirituais e materiais dos sacerdotes.
Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o "Pai dos órfãos e pobres", até morrer, no dia 1o de junho de 1927. O seu corpo foi sepultado no Templo da Rogação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Antonio de Pádua, fundado por ele em 1926, em Messina.
Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna desenvolveu-lhe um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda a sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem.
Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e ordenou-se sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres deu-se poucos meses antes de sua consagração, quando conheceu a Casa de Avignon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério.
Nele realizou o que definiu como o "espírito da dupla caridade: evangelização e socorro aos pobres", iniciando a criação dos Orfanatos Antonianos, masculinos e femininos, colocados sob a guarda de santo Antônio de Pádua. Para mantê-los, não teve dúvidas, tornou-se mendicante, indo de porta em porta pedir subsídios. Depois desenvolveu a devoção do "pão de santo Antônio", responsável, por muito tempo, pela sustentação de suas obras.
Os milhões e milhões de pessoas ainda não-evangelizadas eram um pensamento constante que o consumia. Pregando ao Espírito Santo, encontrou a luz para essa inquietação no próprio Senhor Jesus, que disse: "Rogai ao Senhor da messe, para que envie trabalhadores para sua messe". Assim inspirado, fundou duas congregações religiosas: as Filhas do Divino Zelo, em 1887, e, dez anos depois, os Rogacionistas do Coração de Jesus.
Dizia freqüentemente que a Igreja, para realizar a sua missão, tem necessidade de sacerdotes, numerosos e santos, segundo o Coração de Jesus. Padre Aníbal viveu por esta grande causa, com fama de santidade, em meio aos mais necessitados e abandonados. Além disso, deu uma atenção concreta às necessidades espirituais e materiais dos sacerdotes.
Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o "Pai dos órfãos e pobres", até morrer, no dia 1o de junho de 1927. O seu corpo foi sepultado no Templo da Rogação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Antonio de Pádua, fundado por ele em 1926, em Messina.
O papa João Paulo II proclamou santo o padre
Aníbal Maria di Francia, marcou sua celebração litúrgica para o dia de seu
trânsito e o definiu como o "apóstolo da moderna pastoral vocacional"
em 2004.
Aníbal Maria Di Francia nasceu em Messina (Itália) aos 5 de julho
de 1851. Foram seus pais, a nobre senhora Anna Toscano e o cavalheiro
Francisco, marquês de S. Catarina de Jonio, vice-cônsul pontifício e capitão
honorário da marinha.
Aníbal, terceiro de quatro filhos, ficou órfão aos 15 meses pela
morte prematura do pai. A amarga experiência infundiu no animo precoce do
menino, uma particular ternura e um especial amor para com os órfãos e crianças
abandonadas que caracterizaram não só a sua vida, mas todo o seu sistema
educativo.
Desenvolveu grande amor a Jesus Sacramentado, tanto que recebeu
autorização - excepcional naquele tempo - de comungar diariamente. Muito jovem
ainda, diante de Jesus Sacramentado solenemente exposto, recebeu a graça
especial que podemos definir como a inteligência do Rogate (Rogai): «A colheita
é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai [Rogate], pois, ao dono da
colheita que mande trabalhadores para a sua colheita» (Mt 9, 38; Lc 10, 2).
Estas palavras do Evangelho constituíram a intuição fundamental, o carisma ao
qual dedicou toda a sua vida.
Dotado de grande genialidade e notáveis capacidades literárias,
apenas ouviu a chamada do Senhor, respondeu pronta e generosamente, adaptando
os talentos ao seu ministério. Completados os estudos, aos 16 de março de 1878,
foi ordenado sacerdote. Alguns meses antes se encontrou providencialmente com
um mendigo quase cego que lhe proporcionou a oportunidade de entrar em contato
com a triste realidade social e moral da periferia mais pobre de Messina, as
assim chamadas Casas Avignone que lhe abriu o caminho daquele imenso amor para
com os pobres e órfãos que se tornou uma característica fundamental de sua vida.
Com o consentimento de seu Bispo foi morar naquele gueto e empenhou todas as
suas energias na redenção daqueles infelizes, que aos seus olhos se
apresentavam com a imagem evangélica das ovelhas sem pastor. Foi uma
experiência marcada por contradições, incompreensões e dificuldades de todo
tipo, que superou com grande fé, vendo nos humildes e marginalizados o próprio
Jesus Cristo realizando aquilo que definia «espírito de dupla caridade:
evangelização e serviço dos pobres».
No ano de 1882 tiveram início seus orfanatos que em seguida
colocou sob a proteção de Santo Antonio de Pádua, daí recebendo o nome de
antonianos. Sua preocupação não consistia somente em dar aos órfãos pão e
trabalho, mas, sobretudo em proporcionar-lhes educação integral especialmente
no aspecto moral e religioso, oferecendo aos assistidos um verdadeiro clima de
família que favorecesse o processo formativo de descobrir e realizar o plano de
Deus.
Pelo seu espírito missionário desejava abraçar todos os órfãos e
pobres do mundo. Mas o que fazer? A palavra Rogate abria-lhe esta
possibilidade. Por isso escreveu: «O
que é este punhado de órfãos que são evangelizados diante de milhões que se
perdem e são abandonados como rebanho sem pastor? Eu procurava uma saída ampla,
imensa e a encontrei nas adoráveis palavras de N. S. Jesus Cristo: Rogate
ergo... e então me pareceu ter encontrado o segredo de todas as boas obras e da
salvação de todos os homens».
Aníbal tinha intuído que o Rogate não era uma simples recomendação
do Senhor, mas um comando explicito e um «remédio infalível». Razão pela qual
seu carisma deve ser considerado principio animador de uma providencial
fundação na Igreja. Outro aspecto a se destacar é que ele antecede o tempo ao
considerar como vocações também os leigos engajados, pais, professores e até os
bons governantes.
Para realizar na Igreja e no mundo seus ideais apostólicos, fundou
duas novas famílias religiosas: em 1887 a Congregação das Filhas do Divino Zelo
e, dez anos mais tarde, a dos Rogacionistas. Quis que os membros dos dois
Institutos, aprovados canonicamente aos 6 de agosto de 1926, se empenhassem a
viver o Rogate com um quarto voto. Assim o Di Francia escreveu numa suplica de
1909 a S. Pio X: «Dediquei-me desde a minha juventude à santa palavra do
Evangelho: Rogate ergo. Nos meus mínimos Institutos de beneficência se eleva
oração incessante e cotidiana dos órfãos, dos pobres, dos sacerdotes e virgens
consagradas, com as quais se suplicam aos Corações Santíssimos de Jesus e
Maria, ao Patriarca S. Jose e aos Santos Apóstolos para que queiram prover
abundantemente a S. Igreja de sacerdotes eleitos e santos, de evangélicos
operários da mística messe das almas».
Para difundir a oração pelas orações promoveu numerosas
iniciativas, correspondia-se e teve encontros pessoais com os Sumos Pontífices
de seu tempo, instituiu a Sagrada Aliança para o clero e a Pia União da Rogação
Evangélica para todos os fiéis. Fundou o jornal com o significativo titulo
«Deus e o Próximo» para envolver os fiéis na vivência dos mesmos ideais.
«É toda a Igreja - escreve - que oficialmente deve rezar para esta
intenção, pois a missão da oração para obter bons operários é tal que deve
interessar vivamente os bispos, os pastores do místico rebanho, aos quais são
confiadas as almas e são hoje os apóstolos de Jesus Cristo». O Dia Mundial de
oração pelas vocações, instituído por Paulo VI em 1964, pode considerar-se a
resposta da Igreja à esta sua intuição.
Teve grandíssimo amor ao sacerdócio, convicto de que somente
mediante a ação de numerosos e santos sacerdotes é possível salvar a
humanidade. Empenhou-se fortemente na formação espiritual dos seminaristas que
o Arcebispo de Messina confiou a seus cuidados. Com freqüência repetia que sem
uma sólida formação espiritual, sem oração, «toda fadiga dos bispos e reitores
de seminários se reduz geralmente a um cultivo artificial de padres...». Sua
caridade, definida sem cálculos e sem limites, manifestou-se com conotações
particulares mesmo para com sacerdotes em dificuldade e irmãs de clausura.
Durante sua vida terrena já se manifestava clara e genuína fama de
santidade observável em todos os níveis, de tal modo que, - quando a 1 de junho
1927 morria santamente em Messina, confortado pela presença de Nossa Senhora
que muito amara ao longo de sua existência, o povo repetia: «vamos ver o santo
que dorme».
Seus funerais foram uma verdadeira e própria apoteose que os
jornais da época registraram com precisão não só com artigos, mas também com
fotografias. As autoridades foram solícitas em permitir que fosse sepultado no
Templo da Rogação Evangélica, cuja construção ele mesmo quis e que é dedicado
exatamente ao divino preceito: «Rogai ao dono da colheita para que mande
trabalhadores à sua colheita».
As Congregações religiosas dos Rogacionistas e das Filhas do
Divino Zelo, fundadas por Padre Aníbal, estão presentes nos cinco continentes
empenhadas conforme os ideais do Fundador, na difusão da oração pelas vocações
através de centros vocacionais e editoras e na gestão de
institutos-assistenciais a favor das crianças (Menores abandonados, meninos de
rua, órfãos, surdos-mudos), centros nutricionais e de saúde, abrigos para
anciãos e Casa para mães solteiras, escolas e centros de formação
profissional...
A santidade e missão de Padre Aníbal declarado «insígne apóstolo
da oração pelas vocações» são experimentadas hoje profundamente por todos que
estão compenetrados das necessidades vocacionais da Igreja.
O Sumo Pontífice João Paulo II o proclamou Bem-aventurado aos 7 de
outubro de 1990 definindo-o «autêntico antecipador e zeloso mestre da moderna
pastoral vocacional».
Fonte: http://www.vatican.va/
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